Estamos coletando os apontamentos da comunidade de rpgistas sobre o OPERA RPG Segunda Edição, que está disponível neste site em versão PDF. Estamos em processo de revisão final desta edição, e se você comprar o PDF terá desconto o desconto do seu preço na versão impressa.
Os personagens da capa do livro e o processo de criação de ficha de personagens foi detalhado, tendo como base sua narrativa e arte.
Richard Matheson (Realidade MS)
Nascido escravo, Richard decorou todos os versos da profecia antes de fugir da mansão élfica em busca da salvação.
Falhas na tradução deixaram a profecia como um enigma para os elfos por séculos, mas os humanos, aos poucos, conseguiam decifrar seus verdadeiros significados.
A interpretação de Richard estava certa, ele se encontrou com outros humanos fugitivos ao redor da montanha descrita na profecia como Ígnea 1. Eles entraram em passagens que já haviam sido trilhadas por outros e a ferocidade das portas que bloqueavam os caminhos eliminavam, impiedosamente, aqueles que não conseguiam destrancá-las.
Richard puxou as alavancas certas e foi capaz de despertar Ígneo 1, um super-humano, criado por uma raça ancestral, que seria capaz de enfrentar a tirania élfica.
Com a ajuda de Ígneo 1, outras câmaras foram alcançadas e os 12 Ígneos foram despertados.
Aos poucos, as cidades élficas foram incineradas e os elfos foram queimados sem dó.
Humanos foram feitos de reféns, mas decidiram pagar, de bom grado, o preço da liberdade da humanidade. Foram sacrificados para que a vingança humana avançasse.
Era uma condenação para os elfos, que não contavam com armas capazes de enfrentar seres que se igualavam a projéteis guiados incendiários.
Richard liderava um dos reinos humanos, seguindo um estilo de vida medieval, incapaz de utilizar a tecnologia destruída dos elfos.
A cada dia, chegavam notícias de novos reinos humanos se formando a cada estado élfico eliminado, até que começaram as explosões e as notícias pararam de chegar.
Os Ígneos que passavam pelos reinos não conseguiam explicar o que estava acontecendo. Diziam que explosões gigantescas, que podiam ser sentidas a dezenas de quilômetros de distância, surgiam nos pontos em que Ígneos estavam realizando seus ataques.
Richard selecionou um grupo para acompanhá-lo até as ruínas élficas para localizar indícios do que poderia ser essa arma secreta dos elfos, enquanto os Ígneos remanescentes decidiram se unir para enfrentar essa arma misteriosa juntos.
Em uma semana, os Ígneos nunca mais foram vistos, e o céu começava a se escurecer com a poeira levantada por essas explosões.
A temperatura caía e os ventos tornavam-se tóxicos. A liberdade dos humanos estava envenenada. Os reinos humanos se tornaram grandes cemitérios. Os sobreviventes buscavam restos de alimentos e possibilidades de aquecimento sob as ruínas élficas.
Os suprimentos encontrados não eram suficientes para os grandes grupos de sobreviventes. Eles se dividiram em grupos menores e seguiram seus caminhos, deixando idosos e doentes para trás.
Richard foi deixando pelo caminho o cadáver de seu filho, de sua mulher, de seu melhor amigo, de vários companheiros de caminhada e, por fim, do último companheiro do grupo.
Sua saúde estava debilitada, os recursos daquela cidade estavam esgotados, só restava a Richard sentar, descansar e aguardar a morte.
Mas não foi isso que ele fez. O instinto de sobrevivência e a assimilação da rotina fez com que ele buscasse agasalhos, abastecesse o oxigênio de sua máscara (necessária não só pela condição do ar como também por sua saúde problemática) e começasse a andar pela neve negra que cobria a estrada até a cidade mais próxima.
No caminho, um grande veículo chegou pela planície deserta, um grande barco dourado, flutuando pela neve e parou na frente de Richard.
“Então, a morte é assim…” Richard pensou e, sem coragem de olhar para trás, onde acreditava que estaria o seu cadáver, ele começou a subir pela escada de corda que desceu da amurada da embarcação.
No convés da embarcação, que distanciava muito da estética élfica, Richard viu uma mulher metálica dourada ou seria uma máquina dourada que parecia uma mulher. Ela disse: “Você é o último humano, não é? O Barco disse que outro mundo precisa de sua ajuda.”